Após 3h da liberação, rodovia do Paraná volta a ser interditada

Principal ligação de Curitiba ao litoral do Paraná, a BR-277 voltou a ficar totalmente interditada desde as 18h deste domingo, apenas três horas depois de ter sido parcialmente liberada. A concessionária que administra o trecho, a Ecovia, informou que o tráfego de veículos teve que ser totalmente suspenso mais uma vez devido a problemas estruturais na ponte sobre o Rio Sagrado III, no quilômetro 26 da rodovia.Equipes da concessionária avaliam a dimensão dos danos, mas a interdição permanece por tempo indeterminado. A BR-277 estava interditada desde a manhã de sexta-feira, em função das fortes chuvas que atingiram o Paraná. A rodovia foi, então, parcialmente liberada para os veículos na manhã deste domingo, mas teve que voltar a ser fechada.

Na sexta-feira, o temporal destruiu completamente três pontes ao longo da rodovia, além de ter aberto uma cratera de aproximadamente dez metros na via. A concessionária estima que serão necessários seis meses para reconstruir as pontes.

 

 

Para atender Morretes, Antonina, Paranaguá e Guaratuba, quatro municípios do litoral paranaense afetados por enchentes e desmoronamentos de terra, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) pediu ajuda ao governo federal neste domingo.

Morretes declarou estado de calamidade pública, quando há uma situação anormal provocada por desastres e que comprometem substancialmente a capacidade de resposta do poder público.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou ao governador do Paraná que o Exército pode disponibilizar uma ponte metálica caso seja necessário instalar o equipamento em estradas interrompidas. “Estamos avaliando esta necessidade”, disse o governador em reunião extraordinária convocada na manhã deste domingo com alguns dos principais secretários de estado. Segundo o governador, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, se comprometeu a liberar recursos emergenciais de acordo com a necessidade do Paraná.

Mortes e estragos

Duas pessoas morreram soterradas em Antonina. Uma terceira morte foi confirmada pelo marido da vítima, que viu a mulher ser carregada pela chuva.

Além das mortes, a Defesa Civil registrou um total de 16 mil pessoas atingidas pelos fortes temporais. A maior parte delas, 15 mil, são de Morretes, cidade que no sábado ficou com praticamente 100% do seu território embaixo d´água, de acordo com as equipes de resgate, por causa do transbordamento de rios. De Floresta, onde havia risco de desmoronamentos, 146 pessoas foram retiradas de helicóptero e de barco. Outras localidades atingidas foram Morro Inglês, Martha e Santa Cruz.

 

Fonte> ig.com