KPC foi identificada no HC de Ribeirão há dois anos
Hospital criou medidas para evitar a transmissão
A KPC é resistente aos tratamentos convencionais e já causou a morte de pelo menos 18 pessoas em Brasília.
“Ela se aproveita especialmente daqueles pacientes que sofrem cirurgias que usam cateteres venosos, sondas na bexiga e tubos na traquéia, porque usa esses materiais para entrar no organismo. Ela também se aproveita de pacientes com sistema imune comprometido, como os transplantados, pacientes com órgãos, leucemia ou diabetes”, afirma o infectologista Rodrigues.
Barreiras
Para evitar o risco de uma epidemia dentro do HC, a comissão tomou medidas rigorosas. Uma equipe formada por cinco médicos e seis enfermeiras é responsável pela orientação dos profissionais de saúde. Mesmo para quem atende pacientes que não estão com a bactéria, é orientado a usar o álcool em gel antes e depois da consulta.
A comissão também controla o uso de antibióticos no hospital. Todas as receitas são avaliadas para saber se é realmente necessário usar o medicamento, uma vez que o uso excessivo de antibióticos pode fortalecer as bactérias.
Além disso, são feitos exames diários em laboratório para identificar a presença da bactéria no hospital.
O médico explica que as medidas são barreiras para evitar que as bactérias se espalhem entre os doentes, uma vez que elas têm que ser necessariamente transportadas, pois não têm mobilidade. Isso significa que quando existe infecção hospitalar o organismo foi levado até o paciente pelo contato com outro ser humano ou objeto contaminado.
O HC de Ribeirão Preto é referência no atendimento de várias doenças graves, recebe 10 mil pessoas por dia, tem 900 leitos e mais de mil médicos
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