O pastor M.M.A., de 47 anos, se apresentou à polícia e confessou ter matado a tiros o filho Anderson Ramos Arruda, 21, após uma discussão entre os dois, no último dia 22 de novembro, em frente à subprefeitura do Distrito de Bueno de Andrada, na estrada Graciano da Ressurreição Afonso. O pai já tinha sido apontado como o principal suspeito do crime e, desde então, estava desaparecido, mas foi convencido por familiares a se apresentar.
O delegado Fernando Bravo, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), diz que o pastor confessou o crime. "Ele disse que os dois vinham brigando devido ao filho ser viciado. Uma porção de cocaína tinha sido encontrada em casa. O menino já tinha queimado a casa e um ameaçava o outro", conta o delegado, lembrando que o pai alegou estar arrependido. Devido às brigas, segundo o depoimento, para se defender, o pastor comprou um revólver de um caminhoneiro. Ele não disse quanto pagou.
Após discussões anteriores que terminaram com o pai ferido e parte da casa queimada, M.M.A. passou a andar com a arma na cintura. No dia do fato, ele e o filho voltaram a discutir e, de acordo com o pai, o filho tentou agredi-lo. Ele reagiu, sacou o revólver e deu um tiro. Anderson Ramos Arruda ainda caminhou alguns metros e caiu no meio da rua. Assustado, o pastor fugiu e permaneceu por horas caminhando em meio ao canavial no Assentamento Monte Alegre. Ali, ele perdeu a arma usada no crime.
Policiais aguardam o laudo para confirmar o número de tiros. O acusado alega ter feito um disparo, porém, no dia, foram vistos ferimentos no peito e na cabeça. "Como ele se apresentou espontaneamente, por enquanto, não vamos pedir a prisão. Mas ele já está indiciado por homicídio doloso", frisa o delegado.
O motivo do crime tinha sido adiantado com exclusividade pela Tribuna e pelo Araraquara.com, após conversa com um irmão da vítima. Ele confidenciou que as brigas entre os dois eram devido ao uso descontrolado de drogas.
O pastor M.M.A. é uma das figuras mais conhecidas do Distrito de Bueno de Andrada. É líder comunitário e encabeçou o protesto contra a instalação do pedágio no local. Ele também participou de manifestações públicas com a interrupção da via e quebra de parte da obra do posto de cobrança. Por isso, chegou a ser indiciado por crime de dano ao patrimônio público.
FONTE: araraquara.com
